Empresas como a Apple, Google e outras serão impedidas de oferecer criptografia tão avançada e segura que nem mesmo eles possam decifrar quando ordenados, sob a nova lei.
Estas empresas serão impedidas de oferecer aos seus clientes métodos de comunicação para além do seu controlo, sob uma nova lei que será apresentada esta Quarta-Feira, 18 de Novembro. Serão impedidas de oferecer criptografia tão avançada e segura que nem mesmo eles possam decifrar quando ordenados, revelou o Daily Telegraph.
As medidas apresentadas na Investigatory Powers Bill vai obrigar as empresas tecnológicas e provedores de serviço a habilitar as agências de polícia ou de espionagem a ter acesso às comunicações sem qualquer tipo de criptografia, se estas forem solicitadas através de um mandato.
Existe uma preocupação devido ao número crescente de serviços de criptografia que estão agora completamente inacessíveis a externos, sendo que estes só poderão ser decifrados pelos próprios utilizadores.
O primeiro ministro britânico, David Cameron, pediu apoio aos deputados e ao público para apoiarem a sua proposta de novas medidas de segurança. Segundo este, os pedófilos e os criminosos não deveriam ter acesso a um “espaço seguro” online.
Um representante do governo britânico declarou que: “O Governo tem noção que necessitamos de encontrar um método para trabalharmos em conjunto com a indústria da tecnologia de forma a encontrar uma solução segura e legal para conseguir aceder às comunicações de terroristas e criminosos de forma a ajudar a polícia a prevenir e resolver casos criminosos. Isso significa assegurar que as empresas consigam aceder ao conteúdo das comunicações quando solicitadas mediante um mandato, assim como muitos deles já o fazem por motivos próprios, tais como publicidade dirigida. A reputação destas empresas reside na sua capacidade de proteger os dados dos seus clientes.”. Contudo, com esta medida os operadores de Internet serão obrigados a guardar o histórico de navegação dos seus clientes por um ano.
Poderá ser este o primeiro passo para perdermos os mecanismos que nos permitem proteger a nossa privacidade online, mergulhando assim, numa era em que a nossa privacidade estará desprotegida.