Foi detectado, durante o dia de hoje, mais um bloqueio que à primeira vista não foi bem aplicado. Desta vez, foi o site Ultimate Music, do jornalista espanhol Josep Vinaixa. Este bloqueio veio por parte do MAPiNET, e sobe para 2 o número de casos de sites bloqueados alegadamente de forma injustificada, no mês de Janeiro.
O caso foi detectado durante a manhã de hoje pelo nosso sistema de monitorização activa do Ahoy!. À primeira vista, o site até pode parecer que oferece conteúdos ilícitos, mas ao navegar no site vê-se que não é o caso. O Ultimate Music é um site onde é feita a divulgação de notícias e vídeos de promoção de vários artistas. “Todas as editoras do Reino Unido, Australia, Estados Unidos e Espanha enviam-me informações sobre os lançamentos dos seus artistas e querem que eu coloque todo os videos e músicas que eles disponibilizam no site”, diz Josep.
Josep recebeu um email do MAPiNET onde foi informado sobre o memorando de entendimento e que caso “este website não mudar seu comportamento dentro das próximas 24 horas vamos fazer todas as diligências para proceder ao pedido de bloqueio de DNS”. A questão é que o Ultimate Music não divulga qualquer obra protegida de forma ilegal. Por vezes são incluídos trailers ou músicas que provêm de fontes oficiais, embebidas directamente do YouTube/VEVO ou do Spotify.
Mas o pior segue-se depois de Josep contactar o MAPiNET, onde disse que não tem qualquer tipo de conteúdos ilegais e que todos os trailers e músicas foram colocadas pelos detentores das respectivas obras. Estes responderam que, “de acordo com a informação que recolhemos da Passmusica e entre todas as Entidades de Gestão Colectiva relativas à música, não tem qualquer licenciamento para operar o seu site em território Português”.
Josep contactou então a Passmusica, onde garantiu que “o meu website é um site de música sobre os novos lançamentos e futuros artistas de toda a parte do mundo. Toda a música/videos são de canais oficiais como Youtube, Spotify, Soundcloud ou Vevo”.
“Temos a informação de que não fez qualquer pedido às Editoras para colocar os video clips e as músicas disponíveis através do seu website, como todas as plataformas que mencionou fizeram.”, respondeu a Passmusica. “Agradecemos que tenham vindo de canais oficiais, mas esses canais negociaram directamente com as editoras para poderem utilizar as musicas, e estamos certos que não fez o mesmo. Para além disso, esses canais [nota: YouTube, Spotify, etc], nos seus avisos legais, não permitem a sua utilização“.
A questão grave aqui é que o Ultimate Music apenas faz o embed do conteúdo que vem directamente do YouTube, ou de outros serviços. Em 2014, um tribunal europeu veio declarar que embeber vídeos num site não é uma infração de direitos de autor. Para além disso, serviços como o YouTube ou o Spotify, já pagam as respectivas licenças e permitem que o conteúdo seja partilhado por qualquer pessoa, pelo que nem o MAPiNET nem a Passmusica têm o poder de extorquir o pagamento de licenças a quem utiliza estes serviços.
Vamos acompanhando a situação em tempo real por aqui e pelo nosso Facebook.
A verdade é que tanto a MAPiNET como a PASSMUSIC estão a contribuir para a formação de novos “Piratas” que os quais vão adquirindo novos conhecimentos nesta área passando de simples utilizadores da internet para no futuro virem a ser Hacker, Cracker, Phreaker, Script Kiddies, Lamer, Carder.
Tipos de Hackers:
Hacker : Na verdade, os hackers são os bons mocinhos. Para os fãs de Guerra nas Estrelas, pensem no hacker como o cavaleiro jedi bonzinho. Ele possui os mesmos poderes que o jedi do lado negro da força (cracker) mas os utiliza para proteção. É um curioso por natureza, uma pessoa que têm em aprender e se desenvolver um hobby, assim como ajudar os “menos prevalecidos”. Um bom exemplo real foi quando o cracker Kevin Mitnick invadiu o computador do analista de sistemas Shimomura. Mitnick destruiu dados e roubou informações vitais. Shimomura é chamado de hacker pois usa sua inteligência para o bem, e possui muitos mais conhecimentos que seu inimigo digital. Assim facilmente montou um honeypot (armadilha que consiste em criar uma falsa rede para pegar o invasor) e pegou Kevin. Infelizmente a imprensa confundiu os termos e toda notícia referente a baderneiros digitais se refere à hacker.
Cracker: Esses sim são os maldosos. Com um alto grau de conhecimento e nenhum respeito, invadem sistemas e podem apenas deixar a sua “marca” ou destruí-los completamente. Geralmente são hackers que querem se vingar de algum operador, adolescentes que querem ser aceitos por grupos de crackers (ou script kiddies) e saem apagando tudo que vêem ou mestres da programação que são pagos por empresas para fazerem espionagem industrial. Hackers e crackers costumam entrar muito em conflito. Guerras entre grupos é comum, e isso pode ser visto em muitos fóruns de discussão e em grandes empresas, as quais contratam hackers para proteger seus sistemas.
Phreaker: Maníacos por telefonia. Essa é a maneira ideal de descrever os phreakers. Utilizam programas e equipamentos que fazem com que possam utilizar telefones gratuitamente. O primeiro phreaker foi o Capitão Crunch, que descobriu que um pequeno apito encontrado em pacotes de salgadinhos possui a mesma freqüência dos orelhões da AT&T, fazendo com que discassem de graça. Um programa comum utilizado é o blue box, que gera tons de 2600 pela placa de som, fazendo com que a companhia telefônica não reconheça a chamada. Outra técnica muito usada principalmente no Brasil é a de utilizar um diodo e um resistor em telefones públicos. Ou de cobrir o cartão telefônico de papel alumínio para que os creditos não acabem (essa técnica não funciona nos orelhões novos e nos velhos vc pode tomar um belo choque!! acredite eu já tomei um e foi… CHOCANTE!!). Técnicas como essas são utilizadas no mundo inteiro. O phreaker é uma categoria à parte, podem ser hackers, crackers ou nenhum dos dois. Alguns phreakers brasileiros são tão avançados que têm acesso direto à centrais de telefonia, podendo desligar ou ligar telefones, assim como apagar contas. Um dos programas muitos usados para isso é o ozterm, programinha de terminal que funciona em modo DOS. Por sinal, muito difícil de encontrar na net.
Script Kiddies: Sub-categoria de crackers. Não têm um alvo certo, vão tentando invadir tudo que vêm na frente usam ferramentas encontradas na Internet. Nem programar sabem. Mas tem um conhecimento digital bem acima dos usuários comuns.
Lamer: Dificilmente aprendem a usar algum programa, não sabem e não tem condição de aprender como as coisas funcionam. Aqueles que chegam nos chats anunciando “vou te invadir, sou o melhor” mas acaba desistindo pois não consegue descompactar nem um arquivo ZIP.
Carder: É o especialista em fraudes com cartões de crédito. Sabe como conseguir listas de cartões válidos em sites que os utllizam (sites de compras, chat pago, etc.), gerar números falsos que passam pela verificação e mesmo roubar e clonar cartões verdadeiros. ( os caras são bons mesmo!
ps: Pensem 2 vezes no que andam a fazer porque até um Lamer com um pouco de dedicação pode se tornar num outro tipo qualquer porque com o conhecimento surge sempre a paixão.
É muito triste ver que as ditas “autoridades” andam a bloquear sites a torto e a direito só e apenas porque sim…para possivelmente receberem das editoras!
Acordem para a vida seus anormais editores, a Internet serve de partilha, de passa a palavra das musicas e geram receitas de compras!
Desculpem o desbafo…pessoal do revoluçãodosbytes 😉
Os mesmos que todos os 25 de Abril se lembram que conquistaram alguma coisa – são os mesmos que a seguir resolvem censurar a internet. Já faltou mais para nisto sermos como a China…